httpswww.google.com.brsearchq=o+apelo+do+silencio&espv=2&biw=1517&bih=741&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjnpOv2w4DPAhWDW5AKHQ0RBbgQ_AUIBigB&dpr=0.9#imgrc=oEtKQay8uFH_5M%3A
Perdão, oh
meu pai
divino,
Por sua obra pretender versar,
Isso sou eu em minhas alegrias,
E em
minhas tristezas, querendo ajudar;
Das coisas que
entendo e que não
entendo,
Em minha
humildade, eu quero falar,
A começar
pelas secas que
nos matam de sede,
E pelas enchentes que nos fazem naufragar;
Não entendo o sol
contra o lavrador,
Não entendo as chuvas
fora de lugar,
Não entendo o silêncio
das vítimas,
Não entendo a justiça
que nos
faz penar;
Não entendo a força
das águas,
Porque todas elas
só correm pr'o mar,
Por que, que os rios não correm pra
cima,
Se os oceanos se encontram por
todo lugar?
Não entendo os filhos
que abandonam seus
pais,
E não
entendo estes que
os fazem chorar,
Entendo os sentimentos do homem
de bem,
Mas não
entendo o homem que
pensa em
matar;
Não entendo a promessa que a bíblia nos fez,
De que vosso filho pretende voltar,
Não entendo a guerra
das religiões,
Se todas pregam que devemos amar;
Eu não
entendo o medo dos homens,
Por que o bem perde e o mal tem
ganhar,
Não entendo a força
do destino,
Não entendo os limites
a nos separar;
Eu não
entendo a guerra das cores,
O preto
e o branco a se discriminar,
Não entendo porque
a natureza,
Diz que um tem que morrer para
outro escapar;
Eu não
entendo tanta inteligência,
A serviço
do mal quando
devia estar,
Trabalhando pelo amor do mundo,
Que vosso filho pregou antes
de nos deixar;
Também não
entendo tanta ignorância,
Quando todos
deviam poder estudar,
Mas como entender oh, meu pai
altíssimo,
Essa espera
eterna para te encontrar?!
Desde que
nasci que ouço os mais
velhos,
A dizer
que o mundo
vai se acabar,
Mas eu não entendo esse
fim do mundo,
Se todo dia ele acaba, como
recomeçar?!
Também não
entendo o juízo final,
Onde dizem que
vamos nos encontrar,
Mas entendo não
ser em vão minha luta,
De em Vossa justiça sempre confiar.