quinta-feira, 8 de agosto de 2019

O PODER INTANGÍVEL E SUA POLÍTICA




As forças que dominam o mundo, desde sempre, podem até ter nascido da espada, passado pela moeda e hoje parecerem estabelecidas na bala e na moeda, mas algo impalpável parece se somar a esses elementos. Naturalmente, que as configurações das sociedades sofrem alterações constantemente e não há que se estranhar que sentimentos diferentes alterem o comportamento das pessoas frente às suas necessidades e às suas paixões, o que contribuem, decisivamente, para as mudanças gerais dessas sociedades.
O domínio sobre os povos sempre se deu por pessoas que, administrando bem suas forças, souberam se impor e estabelecer-se "governantes", não impedindo, contudo, a sobrevida dos insatisfeitos, diga-se, da oposição. No entanto, a cada dia, esse elemento intangível, não sei se fé, paixão, ideologia, ou tudo junto, se soma mais decisivamente às tomadas de decisões, o que implica em mudanças bruscas, e não raro negativas, na vida das pessoas, especialmente, das que produzem as riquezas das respectivas sociedades.
O necessário recorte sobre essa análise, para que possamos ser mais objetivos, se impõe e exige que olhemos para algumas mudanças ora impostas sobre a vida dos brasileiros, especialmente, no que diz respeito ao que sempre chamamos de conquistas. Os políticos, via de regra, organizam suas campanhas e discursos em torno de supostos públicos e seus interesses ou necessidades. E é sabido que, uma vez eleitos, eles trocam de papéis com aqueles que os elegeram, passando a ser os eleitores dos projetos dos banqueiros e empresários, compondo o time dos carrascos do povo.
Esse elemento intangível tem agido sobre e sob o que quer que seja que nos anima e tem alterado nossas formas de compreensão e ação de modo a permitir ou exigir que não distingamos o "certo do errado" e ainda defendamos o que nos imponham mesmo contra nós. Parcela imensurável de brasileiros está sendo conduzida para um caos, aparentemente, imperceptível, pois como se não bastasse não reagir, ainda demonstra confusão sobre o que ora assiste. Essa apatia pode até apresentar caráter político partidário, mas a lâmina que nos fere ignora nossa filiação.