segunda-feira, 28 de março de 2016

UM CEGO DE JOELHOS

     

https://www.google.com.br/search?q=agarra+que+%C3%A9+honesto&rlz=1C2CHWL_pt-BRBR667BR667&biw=1024&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj61b2p6s3MAhXBHpAKHUC6BEMQ_AUIBygC#imgrc=FcQGcudlL9HaAM%3A

     
     Um país que “nasceu” como o Brasil nasceu, onde a corrupção “sempre” foi regra, a ponto de ser aceita pelo senso comum como algo normal, e o descaso aos direitos essenciais da sociedade (saúde, educação, trabalho e segurança), que não “constrange ninguém”, não parecer nada tão grave, aponta para um futuro desanimador. Observa-se, que em tempo ainda não remoto, a banalização já regrava a política, entretanto, a violência física, e por que não política, praticada contra o cidadão e instituições, não se assemelhava à que vivemos atualmente. Ela não foi apenas banalizada, se tornou produto da globalização; não tem a rejeição real que deveria ter, apenas faz parte de nossas lamentações demagógicas.

     Os efeitos maléficos gerados pela corrupção, responsáveis por males inimagináveis, alcançam a sociedade em todas suas necessidades e dimensões, vitimando, impiedosamente, parcela significativa dos brasileiros. Pode-se elencar um rol de situações que atrofiam o desenvolvimento de um país por sua prática política contidas na precarização dos sistemas educacional, sanitário, ético, entre outros. Sem a formação adequada, o cidadão não terá as condições necessárias para assumir com segurança os postos de trabalho país afora, provocando prejuízos de toda ordem aos cidadãos e ao país. Por consequência, desacreditando a nação perante a comunidade internacional, reduzindo suas possibilidades de negócios ou impondo-lhe situações pouco transparentes, o que pode favorecer a sobrevida de políticas de caráter discutível e/ou vícios condenáveis.

     As políticas, como produtos da sociedade, são as responsáveis por toda a corrupção e seus males, não poupando ninguém. Ou seja, a corrupção não é produto nem exclusividade de político, mas de pessoas. A cultura brasileira é fruto disso, isso é sua prática, ela é isso, independente do tamanho ou alcance de sua “mão”. Boa parte dos pais “entretêm” seus filhos de modo a dispersá-los, não necessariamente a educá-los, ensinando-lhes, desde logo, um desvio útil; o cidadão não vê nada demais em furar a fila, em estacionar em lugar privativo, em viver de forma irregular, tudo isso aos olhos daqueles que lhes seguirão, garantindo-lhes uma herança condenável, mas justificada quando a seu favor.

     O Brasil foi conduzido a uma posição lastimável, vergonhosa, inaceitável. Por onde se tenta escapar à tamanha desordem, enfrenta-se a violência generalizada, o descaso político-administrativo desenhado em todas as direções, metamorfoseando-se, ameaçadoramente, sobre todos. Uma pessoa perder a vida, onde quer que seja e da forma que for, tornou-se fato comum, no máximo, lamentável, mas já não assusta nem desperta indignação reagente. Ou seja, a política brasileira parece ter apenas um foco, promover e ampliar o político e seu patrimônio e, não raro, com a condescendência do eleitorado.

O PAÍS DO JEITINHO É PRODUTO NOSSO, ATÉ NOS ENVERGONHARMOS DELE.

sexta-feira, 18 de março de 2016

BRASILEIRO, MAS SEM NENHUM ORGULHO, AINDA.


https://www.google.com.br/search?q=acidente+em+mariana&rlz=1C2CHWL_pt-BRBR667BR667&biw=1024&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj9uIbM6s3MAhXFh5AKHdnABccQ_AUICCgD#imgrc=zBTG3txzEjrFgM%3A



Oh Brasil!
Ouve teu hino,
Abraça-o, ou rejeita-o,
Ainda não ouvi o grito do Ipiranga
E meu "sol", ainda não raiou em "liberdade"
E o penhor de uma igualdade
Buscamos dia pós dia, na própria sorte,
Como entoá-lo, oh pátria amada, Brasil?
Um sonho intenso é um desafio de dor
E a esperança, nesta guerra perece,
E teu formoso céu é-me tristonho e ímpio,
Para mim e meus "irmãos" escurece,
Em "tamanhos", realmente és gigante,
És Sul e Norte, em carne e osso,
Mas teus "tempos" contradizem "tuas belezas"
E dos filhos deste solo, sabes que não és mãe gentil!
Senão daqueles que continuam deitados,
"Eternamente, em berço esplêndido",
Às margens do mar, meu rio imundo;
Oh Brasil!
Teu florão, ainda não me mostra o novo mundo,
Continuas meu Brasil de "dor" eterna
E este é o lábaro que em meu corpo rasgado
Ostento em cinza-escuro
Enquanto ao longe, ecoa um som verde-alourado;
É por um sonho de justiça muito forte
Que resta, com quem, ora morre em luta
E a ti teme como a própria morte! Terra malvada,
Entre nós tantos Brasis,
Como posso em brado retumbante entoá-la
Ó pátria amada!
Se sabes, que dos "filhos deste solo" não és mãe gentil,
Como então ser Pátria amada,
Brasil?!


terça-feira, 8 de março de 2016

HOMEM NÃO É BOI DE BOIADA

   
https://www.google.com.br/search?q=aliena%C3%A7%C3%A3o&rlz=1C2CHWL_pt-BRBR667BR667&biw=1024&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjokumF683MAhVGFJAKHbqqALgQ_AUIBigB#imgrc=hEfUTgw7hMzZ_M%3A


     O Brasil político, mostrado por Brasília, e não raro por outros cantos federativos, dá demonstração de que se encontra moralmente falido. E, naturalmente, que não se fala apenas dos políticos, uma vez que eles são consequências das atitudes da sociedade que representam.
     O que se observa, é que políticos, empresários e cidadãos (eleitores) em geral, não têm reagido de modo a expor seu constrangimento aos efeitos da corrupção que assola o país, de norte a sul, leste a oeste. Ao contrário, “todos”, quer convidados, quer permitidos, seguem aos corajosos encabeçadores de toda e qualquer atitude geradora de “vantagens e privilégios”, indiferentes a qualquer mal que isso possa causar a quem quer que seja, pessoa, empresa, ou mesmo ao próprio país. E vale ressaltar que a única revolta que a corrupção parece causar, está naqueles a quem é negado participar de sua festa. Resta-nos o porquê.
     O comportamento comum dos brasileiros desafia aos que não se encontram no rol acima citado, que, por sinal, não têm conseguido manifestar seu descontentamento de modo convincente, o que finda por sugerir que pode representar uma parcela ainda menor da população. E, dentre os corruptos (corruptores e corrompidos), têm surgido discursos e confrontos tão esdrúxulos que expõe como, aparentemente irrecuperável, essa imensa parcela de nossa sociedade, flagrantemente empenhada em não abdicar do que já lhe parece direito adquirido.
     Percebe-se que não se aceita rediscutir resultados que produziram ou produzam “vantagens”, e os defensores de tais situações, convictos de suas verdades e irredutíveis em suas posições, não apenas defendem, ferreamente, seus representantes, como, igualmente, condenam e execram seus opositores, embora difiram apenas na plumagem. Ou seja, resta-nos “aceitar” o que parece uma guerra do mal contra o mal, em que o bem não passa de utopia.




(Uma política, dois lados e um povo dividido; uma parte defende o lado X, a outra parte defende o lado Y).