https://www.google.com.br/search?q=jogo+de+poder&espv=2&biw=1366&bih=627&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj-z7zGooXRAhVEhpAKHXyEDmEQ_AUICCgD#tbm=isch&q=poder+da+corrup%C3%A7%C3%A3o&imgrc=hkuhNgl0NIAbiM%3A
O jogo que leva uma pessoa ao “poder”, via de
regra, não “obedece” regras, isso porque, à luz dos fatos, as pessoas que têm
manifestado ambições pelo poder, em tese, têm colocado essa conquista
acima de qualquer pudor. O comportamento de tais pessoas demonstra que elas
confiam em que o suposto poder abrir-lhes-á, senão todas as portas, ao menos as
que elas acreditam necessárias à “felicidade” pensada, mais uma vez, vitória do
conluio pragmático sobre o escrúpulo.
O país
em que vivemos apresenta um repertório vastíssimo de exemplos tão bem
registrados e reconhecidos que a ninguém cabe o papel de ingênuo ante a vitrine
do terror que se expõe perante todos. Se esses exemplos se restringiam, em
tempos idos, ao campo da política, ou eram muito bem escondidos do público ou
seus autores eram muito mais competentes, diga-se, o mal era maior, pois ora se
espraiam, abundante e escandalosamente, por todos os poderes, inter e intra,
institucionalmente.
A
política e o judiciário parecem definitivamente devassados pela sanha luxuriosa
do desespero descrente da eternidade que lhes resta, já não cuidam de enganar
nem tampouco com os holofotes que lhes pintam com as mesmas tintas, abandonaram
de vez as sombras. Também já não parece restar cúmplices, senão
circunstanciais, sobrando mesmo, adversários ferozes, ainda que “irmãos”. As
posições almejadas, nas escadas da vida, desafiam a integridade que resta na
mente, ainda simplória da plateia retardatária, semeando, persistentemente, a
descrença nos últimos alvissareiros.
Em um
estado “democrático”, o Poder Judiciário seria a última e sempre viva esperança
de correção de abusos, mas no momento em que se perde a confiança nesta
instituição, perde-se, igualmente, a esperança em qualquer equilíbrio por
direito. Nossos interesses particulares não deveriam jamais se sobrepor aos da
coletividade, sob pena de aceitarmos a raia do ridículo como nosso último
reduto moral.
“NUNCA O MAIS FORTE O É TANTO PARA SER SEMPRE SENHOR, SE NÃO CONVERTE A FORÇA EM DIREITO, E EM DEVER A OBEDIÊNCIA…”.[1]
[1]
Jean-Jacques Rousseau – Do Contrato Social.
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