sexta-feira, 28 de julho de 2017

POLÍTICA E FÉ


https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=638&tbm=isch&sa=1&q=inquisi%C3%A7%C3%A3o+julgamento&oq=inquisi%C3%A7%C3%A3o&gs_l=psy-ab.1.1.0l4.106196.108608.0.111531.10.10.0.0.0.0.177.1473.0j9.9.0....0...1.1.64.psy-ab..1.9.1471...0i67k1.SzKiVnGXXmM#imgrc=jHf7h1ywIjQIdM:


Política parece o hipersupermegacoringa, pois opera em todas as atividades humanas, da mais humilde cozinha ao mais pomposo e selvagem palácio, a política é a ferramenta mais utilizada na transformação das pessoas, quer para santos, quer para demônios. E aliada a esse poderoso instrumento está outro, não menos poderoso, a fé, o que em nossas mãos tem feito Deus chorar.
Ao longo da história da humanidade, essa dupla tem sido usada de forma impiedosa, pelas pessoas contra as pessoas, independente de tudo e em nome de tudo. Governantes desumanos, religiosos inquisidores, capitalistas selvagens, nessa ordem, praticamente, invariável, esses têm sido os protagonistas em eterna sucessão nesse teatro que não tem fim. Essa engrenagem não apenas mantém a “ordem” sobre tudo, mas controla com mão de ferro qualquer projeto venturoso que ouse sonhar à sua revelia, em oposição ou concorrência. Nesse campo, de humanos, não conservamos mais que nosso espectro físico, já avançamos como monstros irreconhecíveis.
Os poderes, politicamente profissionalizados, como o executivo e o legislativo, infeliz e irremediavelmente, aliados ao judiciário e, não raro, às correntes religiosas, não demonstram qualquer embaraço com suas políticas de extorsão, especialmente, a tributária. Todos esses atores, independente de sua camuflagem, extorquem o país amparados na convicção que os protege: primeiro, a fé beneditina na “santa” impunidade; segundo, a confiança “cega” num eleitor “alienado” à sua sanha irremediável. E se a sociedade não mobiliza forças para se opor a esses ladravazes, “forças” como a do  judiciário, do ministério público, das igrejas, da imprensa e etc., via de regra, assistem de camarote esse desfile tragicômico, sem falar na aliança obediente e conveniente que, vez por outra, se organiza.
A organização das forças políticas, nacionalmente divididas em bancadas (agronegócio, igreja, entre outras), em suas guerras político partidárias, não mostram o país como prioridade, embora em seus discursos, garantam que sim. O discurso pelo país não passa de pano de fundo para esses mercenários. A mensagem que eles deixam é a de que por seus interesses, mesmo os mais abjetos, eles ignoram tudo: de Deus ao Diabo. Os últimos acontecimentos políticos no Brasil, talvez não digam tudo, mas bastante, restando aos brasileiros o desafio de fazer essa faxina.


REBELE-SE, E O NOVO SURGIRÁ.

terça-feira, 18 de julho de 2017

A POLÍTICA DA JUSTIÇA

https://www.google.com.br/search?q=a+pol%C3%ADtica+da+justi%C3%A7a&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjFqum2j5TVAhXFjJAKHZNMCEkQ_AUIDCgD&biw=1366&bih=638#tbm=isch&q=hipocrisia+do+judici%C3%A1rio&imgrc=n9e1TBlypUWXrM:

Não sei o que é mais, se constrangedor, se revoltante, ver alguém dizer, repetidamente, eu quero justiça, eu quero justiça, toda vez que o Estado permite que esse alguém seja vítima de sua violência, seja contra si, seja contra os seus. Digo violência do Estado por ser seu dever assegurar a incolumidade dos brasileiros, conforme o próprio preconiza no artigo 144 de sua Carta Maior, mas que nem por isso o faz.
É difícil defender que possa haver alguma esperança onde não há, sequer, segurança. Só a segurança de que não morrerei hoje pode me dar a esperança de estar vivo amanhã. No Brasil, temos os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e, não menos poderosos, temos o Ministério Público e a Imprensa. Mas nesse momento, quero refletir o Poder Judiciário, a “Justiça”. Na constituição de 88, está dito que a segurança pública é dever do Estado, mas inúmeros sites, na internet, mostram que a “guerra brasileira” não precisa ser declarada, http://exame.abril.com.br/brasil/violencia-brasil-mata-mais-guerra-siria/, e isso coloca o país em xeque. O Brasil, indiscutivelmente, está matando seus filhos, de todas as formas, e aqueles que não morrem hoje, não apenas parecem alheios à dor de seu irmão, seu amanhã também não parece preocupar.
Discuto que cada Tribunal de Justiça deve ser renomeado para Tribunal do Poder Judiciário. É sabido que Poder Judiciário e Justiça não têm a correlação sugerida, ao contrário. Quem pode afirmar que o Judiciário, mundo a fora, e aqui dentro, também, não tem suas mãos sujas de sangue de pessoas inocentes? E é claro que o Judiciário não passa de um instrumento poderoso e perigoso sob o jugo de pessoas movidas por todo tipo de interesse. Da mesma forma que um Stuart Hughes Suit pode esconder um astuto Lúcifer, uma toga pode esconder um carrasco inquisidor. Portanto, quem ainda espera que o Judiciário faça justiça é hora de pensar como fugir dessa fantasia e escapar dessa fila, isso está mais para o caminho, senão da prisão, do cemitério.
A humanidade dá sinais inequívocos de sua podridão moral, e as pessoas já não se escondem do que antes lhes parecia ignominioso; ora vale mais a “alegria” que embala a sensação de um prazer fugaz, o amanhã vale menos que uma pedra que queima. Tudo isso pode estar mais para uma ameaça ao que resta da estrada que uma luneta que mostre um novo caminho.


NÃO HÁ JUSTIÇA PELA JUSTIÇA.

sábado, 8 de julho de 2017

folha

http://www.canstockphoto.com.br/queda-gota-folha-chuva-13721122.html


com faca afiada
eu cortei a folha
que me chorou lágrimas de definição
e destas escolhi
o meio e os extremos;
então a retornei
ainda no galho
e nada vi que não ela,
apenas,
farta em si,
em plural de singularidades,
e rumo ao chão
me chocou as guerras
de seus universos pluralizados;
e chorando voltei ao galho
e uma nuvem movia
minha lágrima agora;
que céu pequenino
que vazou meu olho,
pois sua verde nuvem
me fez mais que chão,
espelho de lágrimas
em definição.