quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O APELO DO SILÊNCIO

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Perdão, oh meu pai divino,
Por sua obra pretender versar,
Isso sou eu em minhas alegrias,
E em minhas tristezas, querendo ajudar;

Das coisas que entendo e que não entendo,
Em minha humildade, eu quero falar,
A começar pelas secas que nos matam de sede,
E pelas enchentes que nos fazem naufragar;

Não entendo o sol contra o lavrador,
Não entendo as chuvas fora de lugar,
Não entendo o silêncio das vítimas,
Não entendo a justiça que nos faz penar;

Não entendo a força das águas,
Porque todas elas correm pr'o mar,
Por que, que os rios não correm pra cima,
Se os oceanos se encontram por todo lugar?

Não entendo os filhos que abandonam seus pais,
E não entendo estes que os fazem chorar,
Entendo os sentimentos do homem de bem,
Mas não entendo o homem que pensa em matar;

Não entendo a promessa que a bíblia nos fez,
De que vosso filho pretende voltar,
Não entendo a guerra das religiões,
Se todas pregam que devemos amar;

Eu não entendo o medo dos homens,
Por que o bem perde e o mal tem ganhar,
Não entendo a força do destino,
Não entendo os limites a nos separar;

Eu não entendo a guerra das cores,
O preto e o branco a se discriminar,
Não entendo porque a natureza,
Diz que um tem que morrer para outro escapar;

Eu não entendo tanta inteligência,
A serviço do mal quando devia estar,
Trabalhando pelo amor do mundo,
Que vosso filho pregou antes de nos deixar;

Também não entendo tanta ignorância,
Quando todos deviam poder estudar,
Mas como entender oh, meu pai altíssimo,
Essa espera eterna para te encontrar?!

Desde que nasci que ouço os mais velhos,
A dizer que o mundo vai se acabar,
Mas eu não entendo esse fim do mundo,
Se todo dia ele acaba, como recomeçar?!

Também não entendo o juízo final,
Onde dizem que vamos nos encontrar,
Mas entendo não ser em vão minha luta,
De em Vossa justiça sempre confiar.

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