quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

canudos, um EcO

https://www.google.com.br/search?q=canudos&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiy4qzv86zYAhVEW5AKHczIAPkQ_AUICygC&biw=1366&bih=637#imgdii=qHg02uWsaWURaM:&imgrc=OtQKP0PyqNXazM:


maldito sejas
o senhor da guerra
qualquer que seja a sua
configuração,
que o inferno chore
de ti piedoso
e os céus se esqueçam
de assassinos tais,
que o silêncio do mundo
lhes negue ouvidos
e que suas vítimas
consigam esquecê-los,
sem que a história
se lhes curve jamais;
que a verdade e as mentiras
sejam desmistificadas,
e geladas as chamas
pra seus generais.


segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

o juízo final

https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=637&tbm=isch&sa=1&ei=TEk4WvDWEoT6wQTW0bCQBg&q=deserto+do+atacama&oq=deserto&gs_l=psy-ab.3.1.0l10.37161.55749.0.59400.13.12.0.1.1.0.196.1498.0j9.10.0....0...1c.1.64.psy-ab..2.10.1504.0..0i67k1.138.nNQZ4rYEd6s#imgrc=dDpMyTqm58_kmM:

ola pessoal?
bom-dia;
sorri para todos
meu sorriso particular,
adentrei minha sala,
guardei minha pasta
e sentei
pretendendo minha reflexão;
cotovelos sobre a mesa,
rosto no amparo das mãos;
fechei os olhos
e de repente:
    olá
este é seu dia especial
    apesar do tom ameno
percebi a sutil serenidade,
mas eu não estou preparada
    oh!
nosso último encontro
data de séculos;
    senti medo,
    não se preocupe,
meu papel não é de juiz,
muito menos de carrasco,
    e assisti sob um olhar sereno
meu próprio olhar,
meu dedo,
minha voz;
    ali são todos os pedros,
todos os paulos,
todos os marcos…
estremeci em suas reticências,
lembrei dos judas,
e ele percebeu.

sábado, 9 de dezembro de 2017

A VIOLÊNCIA, PATRIMÔNIO NOSSO

https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=588&tbm=isch&sa=1&ei=XTEsWtPtNYGPwgTmy6KoDw&q=INJUSTI%C3%87A&oq=INJUSTI%C3%87A&gs_l=psy-ab.3..0l10.12034.12223.0.13371.2.2.0.0.0.0.172.330.0j2.2.0....0...1c.1.64.psy-ab..0.2.328...0i13k1.0.-Dxjhb-glEU#imgrc=CsJezlRMV7pW-M:


A violência é uma prática comum à imensa maioria de nós, e não menos às instituições, é claro.
As pessoas comuns, aquelas que invadem o sinal vermelho, que furam a fila, que não perdem a oportunidade de aplicar o jeitinho brasileiro...
Essa violência não poupa ninguém, e nós parecemos indiferentes, como se não percebêssemos nossas atitudes desrespeitosas, agressivas, infratoras...
Enquanto os “fora-da-lei”, profissionais do assalto, pessoas perversas, cruéis, destemidas, indiferentes a tudo que não seja seus interesses, pessoas que não respeitam ninguém; por muitos desejadas mortas, mas, estranhamente, protegidas por leis e pessoas ditas defensoras dos direitos humanos, enquanto suas vítimas, normalmente, não recebem o mesmo tratamento, quer dos defensores dos direitos humanos, quer das Leis...
Também os empresários, escravos da selvageria capitalista, profissionais das extorsões, auxiliares diretos e esmerados dos políticos “fora-da-lei”, senhores doutores nos crimes especulativos, corruptos e corruptores, ratos sem nação e sem esgoto, escroques roedores...
Políticos, profissionais mores de todo tipo de violência, miséria e desgraça de um povo, e dentre esses, especialmente, os detentores dos destinos das ações políticas, os grandes inimigos da sociedade, corvos de segunda categoria, famintos do dinheiro e sangue alheios. Câncer indiferente ao corpo; chorume a céu aberto…
E cada vez, mais claro que nunca, senão todos, a maioria de nós concorda que as leis são instrumentos de políticos e empresários bandidos em detrimento do país e da sociedade. Sociedade essa que faz muito pouco ante seu poder, pelo país que diz desejar, sobrando-lhe nada mais que o silêncio vergonhoso.

O CHAVÃO DOS VERDADEIROS ENROLADORES...
O BRASIL PRECISA..., NÓS PRECISAMOS...

httpswww.google.com.brsearchbiw=1366&bih=637&tbm=isch&sa=1&ei=XTEsWtPtNYGPwgTmy6KoDw&q=INJUSTI%C3%87A&oq=INJUSTI%C3%87A&gs_l=psy-ab.3..0l10.148279.148477.0.151283.2.2.0.0.0.0.174.325.0j2.2.0....0...1c.1.64.psy-ab..0.2.322.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

o último dilúvio

https://www.google.com.br/search?q=o+%C3%BAltimo+dil%C3%BAvio&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwipn9zP7eHXAhVMOZAKHfmXB-gQ_AUICygC&biw=1366&bih=637#imgrc=U1gmSc1HsQQIUM:


essas águas
sangraram de nossas dores
e essas dores
calarão misericórdia,                                         
mas um punhal
afiado como língua
mouco se fará
ao gemido do irmão,
e numa escuridão particular,
ele dançará frenético
em seu palco
macabro e vazio,
e no silêncio
de uma plateia ausente,
ele sangrará
sua própria dor,
e ao eco d’um aplauso fúnebre
boiará sozinho
na gofada silenciosa de ninguém
em estranha multidão.


sábado, 18 de novembro de 2017

Biscateiros de carteiras

https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=637&tbm=isch&sa=1&ei=Bd0QWoPcG4ugwgSikZLQBA&q=congresso+nacional&oq=congresso&gs_l=psy-ab.3.0.0l10.34430.36131.0.37742.9.9.0.0.0.0.192.1095.0j7.7.0....0...1.1.64.psy-ab..2.7.1094...0i67k1.0.qAj7v0o7M0M#imgrc=my5sVegFIkA8PM: 


Eu sou biscateiro,
Não nego, sou interesseiro,
Gosto de dinheiro
E o meu primeiro;
Eu tenho amigos
Que concordam comigo,
Também inimigos,
Uns tais antiquorum,
Tolos reacionários,
Contra seus próprios salários,
Quem eles pensam que são?
Aqui ou no congresso,
Palavras! Não meço,
Meto o pau na oposição,
Se me enfrentam,
Eu pilherio,
Quorum?!
dou quando quero,
A maioria lidero,
E assim biscateio
Cargos, mordomias e jetons,
Amigos e inimigos bons,
Garantindo assim
Nossa reeleição;
O povo é receptivo,
Ignorante, mas compreensivo,
Apesar dos subversivos…,
Um abraço,
Um aperto de mão…,
Causa-lhes nova impressão,
E na próxima eleição,
Essa enorme multidão
Ao congresso nos retornarão,
E nos aposentaremos,
Mas jamais nos negaremos,
A esse povo que sabemos,
Não nos esquecerá,
Pois se alguém tropeça
Nãoquem nos impeça
De lhes condenar,
E darmos aos brasileiros,
Testemunho de justiceiros,
A lhes defender,
E assim,
Quem nos acusará?
CPIS?! Quem as formará?
Pra nos investigar?
E se alguém se ousar,
O faremos calar;
Tal culpa,
Saberemos a quem dar,
E nos manteremos,
Líderes, presidentes,
De câmaras, senado e nação,
Estados, municípios e povão,
E assim passaremos nossas cadeiras,
Aos nossos e/ou nossas herdeiras,
Dando-lhes por garantia
E em nome da democracia,
Nossa história, nosso nome,
De grandes e pequenos homens,
Como herdamos de nossos pais,
Antes e ainda fácil demais,
E cada dia mais;
Uma política industrializada,
De manobras organizadas
E mentiras deslavadas,
Mas que nos somam
Incríveis dividendos,
E felizes vão sendo,
Quem morrer no poder,
E assim se defendendo
De mesmo, remotos,
Inquéritos horrendos,

Estupendos…

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

poesia, como você definiria?

https://www.google.com.br/search?q=poesia&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjKtrvulbDXAhWLHpAKHVnxArkQ_AUICigB&biw=1366&bih=637#imgrc=356otp3yZ_OMKM:


poesia,
o que é poesia?
poesia… éééé… sei lá,
poesia é poesia, ué!
é madruga ao pino do meio-dia,
é um dia estrelado,
só de estrelas-guia;
poesia é a noite,
é a chuva de açoite,
é a tristeza da alegria,
é palavra, é silêncio,
é o sabor da melodia,
poesia é a crise em riso
é o amor em agonia.


sábado, 28 de outubro de 2017

A POLÍTICA DA FORÇA

https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=637&tbm=isch&sa=1&ei=5jv1WY75L8apwgSgwZO4Dg&q=corrup%C3%A7%C3%A3o+no+brasil&oq=corrup%C3%A7%C3%A3o&gs_l=psy-ab.3.1.0i67k1j0j0i67k1j0j0i67k1j0l4j0i67k1.54331.54331.0.57441.1.1.0.0.0.0.155.155.0j1.1.0....0...1.1.64.psy-ab..0.1.154....0.j5nXBo7zfqs#imgrc=CbVXhMwNr7Y8iM:

     
     A sociedade brasileira tem sido reiteradamente roubada pela política da força que opera no Brasil. Essa política está representada por políticos e empresários corruptos, além da imensa parcela dessa mesma sociedade que se soma às quadrilhas organizadas em nome do ganho fácil. Se por um lado, políticos corruptos se unem a empresários desonestos com a missão de roubarem o país e seu povo, consequentemente, através de desvios de verbas públicas e criação de leis tendenciosas com foco exclusivo no assalto ao país, por lado, cidadãos "comuns" também se associam em nome do crime.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

doce tragédia

https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=637&tbm=isch&sa=1&q=o+pequeno+principe&oq=o+pequeno+p&gs_l=psy-ab.3.0.0l3j0i67k1l2j0l5.28090.29544.0.30881.11.10.0.0.0.0.215.1108.0j5j2.7.0....0...1.1.64.psy-ab..4.7.1108....0.s11ZDO9mw5g#imgrc=c7bHyhrcGFi3-M:

tomei todas as sovas
que meu pai conseguiu,
mas isso não passava do prenúncio
de minha tragédia;
eu acordei,
vieram os sonhos
atropelados por assaltos
que só queriam abortá-los,
meus sonhos…
tão ricos e tão pobres,
meu relógio cravado no tempo
apenas a me envelhecer;
meus amores
entre efêmeros e raros
insistiam em poupar-me
e poupavam-me
de minhas alegrias,
alegrias que sequer ensaiei
e assim guardei tudo
no imenso vazio de meus dias
onde uma orquestra afônica
recebia os aplausos de ninguém
e eu castigado
pela música que não vinha
sentia meu olhar
se buscar da janela.

domingo, 8 de outubro de 2017

Uma passagem


A natureza sorria,
Mas caiam as flores,
Caiam as folhas,
As arvores se despiam;
A rua sorria,
Mas temiam-se os olhos,
Temiam-se as mãos,
A vida se esvaía;
O céu sorria,
Mas choravam as mães,
Choravam os filhos,
Fechava-se o dia.


quinta-feira, 28 de setembro de 2017

UM BRASIL POSSÍVEL?

     A todas as pessoas que se garantem honestas, o Brasil conclama: não basta que não roubem, não aceitar que roubem fará desse país o melhor lugar do mundo. Se isso lhe interessa, os agradecimentos virão para você e para todas as pessoas que você estimular, de todos os lugares e de todas as formas. Só assim, esse país poderá ser de todos nós. A decisão é nossa, mas o tempo não é igualmente nosso, ou seja, não podemos segurá-lo ou pedir que nos esperem para viver este Brasil. Vamos começar?

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A POLÍTICA DA DESGRAÇA NO BRASIL...



A “miséria brasileira” é filha da desgraça dos poderosos brasileiros, sejam eles políticos, sejam eles empresários, sejam eles religiosos, sejam eles quem for, desde que contribuam, estrategicamente, ou não, para negar à população direito à educação, saúde, segurança etc. 

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A POLÍTICA DE INCENTIVO AO CRIME


   A política da prescritividade criminal preceitua um prazo de validade para o crime, o que representa uma contemplação ao criminoso e uma agressiva e humilhante afronta à sua vítima, ignorando suas mazelas e consequências à sociedade, da mesma forma, há outra política não menos nociva, a da limitação temporal do direito. Talvez por isso, ser “criminoso” no Brasil é atividade estupidamente lucrativa. 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A POLÍTICA DA "VERDADE"

     Nossas verdades foram construídas ao longo do tempo de acordo com os interesses da sociedade da época e mantidas pelas forças que determinavam a Lei e a ordem...

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

a corrida do tempo

https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=638&tbm=isch&sa=1&q=a+solid%C3%A3o+da+estrada&oq=a+solid%C3%A3o+da+estrada&gs_l=psy-ab.3...29523.33094.0.34013.20.19.0.0.0.0.326.3222.0j9j2j4.15.0....0...1.1.64.psy-ab..5.10.1967...0j0i67k1j0i24k1.dJ0LLhvj-5c#imgrc=PH-BMfZLy-aB4M:


atropelado por essa carruagem
paro no silêncio da estrada que as subtraiu
e busco-as sem alegria
no horizonte invisível que restou;
e sinto sua partida em disparada
tão veloz e lentamente
a deixar-me sem ele,
aquele mundo qu’eu queria,
e entre nós,
percebo os dias tristes se esforçando
para salvar minha alegria de amanhã,
e assim és apagada
como se fosse pegadas desse caminho;
oh!
não sei se agradeço, brigo ou lamento,
mas sei,
é um tormento
nos matando ao crescer entre nós
apesar de minha alegria triste por você;
e essa dor voluntária
que não deixo ir…
ah!
você se escondeu no assalto do tempo
amigo e inimigo
e desperto,
desperto com uma lembrança sutil,
mas gostosa, de você,

que o tempo levou.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

HÁ “PENA DE MORTE” NO BRASIL?

https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=638&tbm=isch&sa=1&q=massacre+do+carandiru&oq=massacre+do+cara&gs_l=psy-ab.3.0.0l4.2327.4885.0.7974.16.11.0.0.0.0.348.1688.2-3j3.6.0....0...1.1.64.psy-ab..10.6.1686...0i67k1.gMgp5JvUj3I#imgrc=GNqQP1pTCIDbNM:


A política da morte no Brasil se manifesta através de números de pessoas mortas cotidianamente, quer vítimas de incidentes, acidentes, crimes banais e/ou tragédias, todos à revelia do Estado. Tal afirmativa pode até parecer irresponsável, e certamente há quem afirme que sim, mas se formos para a história, muito provavelmente repensaremos. Atentar contra a vida no Brasil se tornou algo extremamente banal, naturalmente, devemos isso a uma construção edificada ao longo de nosso caminho à nacionalização, sem que nada viesse a frear nosso ímpeto “assassino”.
O direito à vida, no Brasil, não parece visto com a importância que tem, e a prova disso está estampada em tudo: nos jornais, nas ruas, nos hospitais, nas prisões... aonde quer que se vá, e não se pode dizer que o Estado ignora esse estado de coisa. Nas ruas, a violência campeia soberana, ali o Estado e o “fora da lei” digladiam-se em situação que, não raro, confunde o cidadão sobre quem é quem. Nos hospitais, pode mudar o embate, mas o sistema sobrevive; nas prisões, dispensa-se comentário. O Estado ignora o que preconiza o artigo 144 de sua carta maior, pelo que nos cobra sem perdão, e como cidadãos, deixamos a desejar.
Considerando que a política da pena de morte não passa de um instrumento de punição máxima do país que a institui, não se pode negar, mesmo a contra gosto, que, na prática, ela não possa ser “instituída” por alguém em um determinado ambiente de atuação política sobre sua dominação, como é o caso do “crime organizado” no Brasil. Vez por outra, os telejornais noticiam o fechamento de mercados, escolas e ruas em bairros de importantes cidades brasileiras, isso é prova inequívoca da presença, não apenas do crime organizado, mas de um poder paralelo nesses espaços, enquanto os cidadãos que mantêm esses dois estados, também são vítimas dos mesmos.
A pena de morte é o pior retrato da barbárie, não importa se praticada por um país ou por uma pessoa, mas se aquele não a pratica, ele não pode permiti-la em seu território, sob pena de corresponsabilidade, o que, em vista do exposto acima, parece aplicável ao Brasil. As autoridades brasileiras não convencem de sua preocupação com a morte ou com a vida de seus governados, ao contrário, no Brasil, a violência, estimulada por um emaranhado dos piores sentimentos, é apenas o estado de espírito que anima o criminoso, para quem, morrer é um detalhe.

https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=589&tbm=isch&sa=1&q=a+violencia+na+avenida+paulista&oq=a+violencia+na+avenida+paulista&gs_l=psy-ab.3...2663.4281.0.5567.11.9.0.0.0.0.563.1538.2-1j2j0j1.4.0....0...1.1.64.psy-ab..9.0.0.vWUnl_vPqQg#imgrc=Qo_tz56ExsL2BM:

sexta-feira, 28 de julho de 2017

POLÍTICA E FÉ


https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=638&tbm=isch&sa=1&q=inquisi%C3%A7%C3%A3o+julgamento&oq=inquisi%C3%A7%C3%A3o&gs_l=psy-ab.1.1.0l4.106196.108608.0.111531.10.10.0.0.0.0.177.1473.0j9.9.0....0...1.1.64.psy-ab..1.9.1471...0i67k1.SzKiVnGXXmM#imgrc=jHf7h1ywIjQIdM:


Política parece o hipersupermegacoringa, pois opera em todas as atividades humanas, da mais humilde cozinha ao mais pomposo e selvagem palácio, a política é a ferramenta mais utilizada na transformação das pessoas, quer para santos, quer para demônios. E aliada a esse poderoso instrumento está outro, não menos poderoso, a fé, o que em nossas mãos tem feito Deus chorar.
Ao longo da história da humanidade, essa dupla tem sido usada de forma impiedosa, pelas pessoas contra as pessoas, independente de tudo e em nome de tudo. Governantes desumanos, religiosos inquisidores, capitalistas selvagens, nessa ordem, praticamente, invariável, esses têm sido os protagonistas em eterna sucessão nesse teatro que não tem fim. Essa engrenagem não apenas mantém a “ordem” sobre tudo, mas controla com mão de ferro qualquer projeto venturoso que ouse sonhar à sua revelia, em oposição ou concorrência. Nesse campo, de humanos, não conservamos mais que nosso espectro físico, já avançamos como monstros irreconhecíveis.
Os poderes, politicamente profissionalizados, como o executivo e o legislativo, infeliz e irremediavelmente, aliados ao judiciário e, não raro, às correntes religiosas, não demonstram qualquer embaraço com suas políticas de extorsão, especialmente, a tributária. Todos esses atores, independente de sua camuflagem, extorquem o país amparados na convicção que os protege: primeiro, a fé beneditina na “santa” impunidade; segundo, a confiança “cega” num eleitor “alienado” à sua sanha irremediável. E se a sociedade não mobiliza forças para se opor a esses ladravazes, “forças” como a do  judiciário, do ministério público, das igrejas, da imprensa e etc., via de regra, assistem de camarote esse desfile tragicômico, sem falar na aliança obediente e conveniente que, vez por outra, se organiza.
A organização das forças políticas, nacionalmente divididas em bancadas (agronegócio, igreja, entre outras), em suas guerras político partidárias, não mostram o país como prioridade, embora em seus discursos, garantam que sim. O discurso pelo país não passa de pano de fundo para esses mercenários. A mensagem que eles deixam é a de que por seus interesses, mesmo os mais abjetos, eles ignoram tudo: de Deus ao Diabo. Os últimos acontecimentos políticos no Brasil, talvez não digam tudo, mas bastante, restando aos brasileiros o desafio de fazer essa faxina.


REBELE-SE, E O NOVO SURGIRÁ.

terça-feira, 18 de julho de 2017

A POLÍTICA DA JUSTIÇA

https://www.google.com.br/search?q=a+pol%C3%ADtica+da+justi%C3%A7a&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjFqum2j5TVAhXFjJAKHZNMCEkQ_AUIDCgD&biw=1366&bih=638#tbm=isch&q=hipocrisia+do+judici%C3%A1rio&imgrc=n9e1TBlypUWXrM:

Não sei o que é mais, se constrangedor, se revoltante, ver alguém dizer, repetidamente, eu quero justiça, eu quero justiça, toda vez que o Estado permite que esse alguém seja vítima de sua violência, seja contra si, seja contra os seus. Digo violência do Estado por ser seu dever assegurar a incolumidade dos brasileiros, conforme o próprio preconiza no artigo 144 de sua Carta Maior, mas que nem por isso o faz.
É difícil defender que possa haver alguma esperança onde não há, sequer, segurança. Só a segurança de que não morrerei hoje pode me dar a esperança de estar vivo amanhã. No Brasil, temos os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e, não menos poderosos, temos o Ministério Público e a Imprensa. Mas nesse momento, quero refletir o Poder Judiciário, a “Justiça”. Na constituição de 88, está dito que a segurança pública é dever do Estado, mas inúmeros sites, na internet, mostram que a “guerra brasileira” não precisa ser declarada, http://exame.abril.com.br/brasil/violencia-brasil-mata-mais-guerra-siria/, e isso coloca o país em xeque. O Brasil, indiscutivelmente, está matando seus filhos, de todas as formas, e aqueles que não morrem hoje, não apenas parecem alheios à dor de seu irmão, seu amanhã também não parece preocupar.
Discuto que cada Tribunal de Justiça deve ser renomeado para Tribunal do Poder Judiciário. É sabido que Poder Judiciário e Justiça não têm a correlação sugerida, ao contrário. Quem pode afirmar que o Judiciário, mundo a fora, e aqui dentro, também, não tem suas mãos sujas de sangue de pessoas inocentes? E é claro que o Judiciário não passa de um instrumento poderoso e perigoso sob o jugo de pessoas movidas por todo tipo de interesse. Da mesma forma que um Stuart Hughes Suit pode esconder um astuto Lúcifer, uma toga pode esconder um carrasco inquisidor. Portanto, quem ainda espera que o Judiciário faça justiça é hora de pensar como fugir dessa fantasia e escapar dessa fila, isso está mais para o caminho, senão da prisão, do cemitério.
A humanidade dá sinais inequívocos de sua podridão moral, e as pessoas já não se escondem do que antes lhes parecia ignominioso; ora vale mais a “alegria” que embala a sensação de um prazer fugaz, o amanhã vale menos que uma pedra que queima. Tudo isso pode estar mais para uma ameaça ao que resta da estrada que uma luneta que mostre um novo caminho.


NÃO HÁ JUSTIÇA PELA JUSTIÇA.

sábado, 8 de julho de 2017

folha

http://www.canstockphoto.com.br/queda-gota-folha-chuva-13721122.html


com faca afiada
eu cortei a folha
que me chorou lágrimas de definição
e destas escolhi
o meio e os extremos;
então a retornei
ainda no galho
e nada vi que não ela,
apenas,
farta em si,
em plural de singularidades,
e rumo ao chão
me chocou as guerras
de seus universos pluralizados;
e chorando voltei ao galho
e uma nuvem movia
minha lágrima agora;
que céu pequenino
que vazou meu olho,
pois sua verde nuvem
me fez mais que chão,
espelho de lágrimas
em definição.



quarta-feira, 28 de junho de 2017

circo

https://www.google.com.br/search?q=o+circo+e+o+palha%C3%A7o&tbm=isch&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwjDk8ua3eHUAhWIk5AKHSEiBRQQ_AUIDCgD&biw=1366&bih=638&dpr=1#tbm=isch&q=o+apelo+do+palha%C3%A7o&imgrc=xx4Lwr3Zi3D7dM:


hoje o palhaço já não rir de graça,
e a praça,
já não tem alegria,
e a fantasia se desconfigurou,
então sem sono,
meio sonâmbulo, acordei
ah! acordei…
e meus dias!
não os achei
eles…
sumiram todos…
e minhas noites, kd?
kd meu sono?
eu quero sonhar;
minhas estações, kd?
eu lembro delas, menino,
agora só este sol,
esta sombra sem amanhã;
meus amores, até esqueci,
e minhas lágrimas
já nem posso chorar,
até o vento na testa
me foi proibido
e meus amigos os perdi…
na multidão
perdida que me perdeu,
mas vozes eu ouço…
em profusão,
acho que eles estão em festa,
quebraram o silêncio sem revolução,
levaram tudo
e ora estão vindo,
por favor!
vão embora, vão!
tão pouco já me resta
já me tiraram tudo,
só me sobrou o circo,
não me tirem, não!