sexta-feira, 18 de novembro de 2016

DESONESTIDADE, PATRIMÔNIO DE QUEM...?

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     Cultura é o “conjunto de tradições, técnicas e conhecimento de um povo”; entre tantos outros, este é um conceito que parece bastante ajustado ao termo em tela. Já se tornou clichê o discurso que atribui as mazelas do Brasil à sua cultura, isto é, quando alguém é flagrado em comportamento pouco ou nada recomendável, normalmente, se culpa à nossa cultura, como é o caso do já famoso “jeitinho brasileiro“, “o vício do cachimbo deixa a boca torta” etc.
     Uma verdade que parece incontestável é a de que nossa cultura é mais que, relativamente, desonesta, é a de que nossa predisposição ao crime, mesmo que em fase embrionária, é prática comum em nosso dia a dia, o que já nem nos constrange.  As práticas desonestas, corruptas, vis, torpes etc., em linhas gerais, asseguram a seus praticantes um êxito tal, que, normalmente, a honestidade sequer “ousará” pretender, pois a cultura da imoralidade brasileira tornou-se sistêmica, naturalmente, e isso se impõe de forma tão estupidamente incorrigível, que se negar a obedecê-la é, simplesmente, o mesmo que abdicar do intento.
     Uma reflexão, mesmo que superficial, da história do Brasil, joga luz sobre inúmeras situações de comportamentos desonestos. E para começar, podemos trazer “a descoberta do Brasil”, por exemplo, que cabe perfeitamente ser rediscutida sob o ponto de vista de invasão, afinal, seu suposto descobridor/invasor não fora convidado.
     Outra reflexão pode sugerir um motivo bastante forte para "explicar" a desonestidade da sociedade, não apenas brasileira, o capital, instrumento pensado para atender a “todos” os desejos do ser humano. E a ilusão da “riqueza” que alimenta a desenfreada busca por mais e mais capital, na insana confiança de que isso transforma pessoas em seres “superiores”, impede que se reflita sob a ótica do bem e da ética.
     Os exemplos dados e reiterados em abundância por pessoas em postos de relevância no comando dos destinos de um país, como é o caso do Brasil, não só reforça a ideia de que a cultura da desonestidade impera com êxito e completo desembaraço, também estimula seguidores, ridicularizando com descaso e insucesso quem não se submete à regra da corrupção já, institucionalmente, pacificada.

A CULTURA POLÍTICA[1] BRASILEIRA DEFORMA A SOCIEDADE.



[1] Habilidade no relacionar-se com os outros tendo em vista a obtenção de resultados desejados. (DICIONÁRIO HOUAISS)

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