httpswww.google.com.brsearchq=acordo+pol%C3%ADtico&biw=1366&bih=627&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj23fm18vHQAhVDQpAKHZj0ASUQ_AUIBygC#tbm=isch&q=acordo&imgrc=VHEqfif05kW-vM%3A
É importante que todas as pessoas tenham ou construam a noção mais ampla e imparcial possível do que é política, do que é acordo e do que são as razões que motivam os acordos. Para que consigamos um nível de razoável consenso, precisaremos considerar que vivemos uma realidade conceitual, isto é, onde tudo parece submetido a conceitos estabelecidos por instituições e/ou colegiados, quer arbitrários, quer democráticos. Não parece prudente defendermos que descobertas e invenções tenham sido conceituadas por outrem senão por quem lhes concebera, daí, dicionários para todos os gostos.
O filósofo alemão, Immanuel
Kant, disse: "Tudo o
que não puder contar como fez; não o faça! Se há razões para não contar; há
para não o fazer."[1] Naturalmente que a teoria é
infinitamente simplista ante a praticidade dos acontecimentos. Não obstante a
distância entre a teoria e à prática é certo que quem pleiteia direitos não pode se esquivar
de deveres, e, assim sendo,
acordos feitos sob a sombra da transparência deixam rastros não identificáveis,
apontando para procedimentos suspeitos, conluios nocivos, talvez
criminosos, contra o que, nem sempre se tem tempo hábil para se impedir suas consequências.
Este texto tem a
pretensão de provocar em cada leitor/a a necessária reflexão acerca do tema e
de sua extensão em cada um/a, afinal, é sabido que por mais despudorada que
sejam as políticas brasileiras, mais especificamente a partidária, nós, como
motor dessa sociedade, é quem lhes molda para ser o que é. O político não veio de um planeta estranho a nós, ele é um de nós, e se ele faz a
política podre que temos, é porque nós a fazemos. Cada acordo feito representa
um fruto de nossa política, fruto esse que não tem de ser, necessariamente,
podre, o que vai depender dos termos que o conceberá.
Um acordo pode salvar
uma cidade, ou exterminar uma nação e qualquer que seja ele a política será sua
progenitora e os titulares dessa política terão em nós o suporte que lhes
garante a necessária confiança e poder para colocar em prática suas ideias,
salvacionistas ou exterminadoras. Percebe-se que ainda prevalece em nós um
sentimento que apequena a razão, provocador de um partidarismo não raramente cego, passional, um misto
de ideologia pragmatizada capaz de nos reduzir a míseros fantoches despidos de qualquer vestígio de
bom senso.
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