sábado, 10 de dezembro de 2016

A POLÍTICA DOS ACORDOS


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     É importante que todas as pessoas tenham ou construam a noção mais ampla e imparcial possível do que é política, do que é acordo e do que são as razões que motivam os acordos. Para que consigamos um nível de razoável consenso, precisaremos considerar que vivemos uma realidade conceitual, isto é, onde tudo parece submetido a conceitos estabelecidos por instituições e/ou colegiados, quer arbitrários, quer democráticos. Não parece prudente defendermos que descobertas e invenções tenham sido conceituadas por outrem senão por quem lhes concebera, daí, dicionários para todos os gostos.
     O filósofo alemão, Immanuel Kant, disse: "Tudo o que não puder contar como fez; não o faça! Se há razões para não contar; há para não o fazer."[1] Naturalmente que a teoria é infinitamente simplista ante a praticidade dos acontecimentos. Não obstante a distância entre a teoria e à prática é certo que quem pleiteia direitos não pode se esquivar de deveres, e, assim sendo, acordos feitos sob a sombra da transparência deixam rastros não identificáveis, apontando para procedimentos suspeitos, conluios nocivos, talvez criminosos, contra o que, nem sempre se tem tempo hábil para se impedir suas consequências.
     Este texto tem a pretensão de provocar em cada leitor/a a necessária reflexão acerca do tema e de sua extensão em cada um/a, afinal, é sabido que por mais despudorada que sejam as políticas brasileiras, mais especificamente a partidária, nós, como motor dessa sociedade, é quem lhes molda para ser o que é. O político não veio de um planeta estranho a nós, ele é um de nós, e se ele faz a política podre que temos, é porque nós a fazemos. Cada acordo feito representa um fruto de nossa política, fruto esse que não tem de ser, necessariamente, podre, o que vai depender dos termos que o conceberá.
     Um acordo pode salvar uma cidade, ou exterminar uma nação e qualquer que seja ele a política será sua progenitora e os titulares dessa política terão em nós o suporte que lhes garante a necessária confiança e poder para colocar em prática suas ideias, salvacionistas ou exterminadoras. Percebe-se que ainda prevalece em nós um sentimento que apequena a razão, provocador de um partidarismo não raramente cego, passional, um misto de ideologia pragmatizada capaz de nos reduzir a míseros fantoches despidos de qualquer vestígio de bom senso.

NÓS ESCOLHEMOS SER O QUE SOMOS, NÃO ADIANTA CULPAR BRASÍLIA.




[1]https://pensador.uol.com.br/frase/MTkzMjg1OA/

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