a pena da razão

https://www.google.com/search?biw=1366&bih=626&tbm=isch&sa=1&ei=_JRPXITxLYfA5OUPx9uP2Aw&q=os+caminhos+da+raz%C3%A3o%3F&oq=os+caminhos+da+raz%C3%A3o%3F&gs_l=img.3...98455.101646..102470...0.0..0.202.2223.0j13j1......1....1..gws-wiz-img.......0i7i30.eBiu5V4Ezxs#imgrc=PshnMyFs69ySSM:

eu falo de tudo,

eu falo de todos

sem falar de nada

e de ninguém;

e como não falar de você?

eu tiro você do mundo

tiro seu nome,

sua roupa,

sua vergonha,

sua majestade,

e de ti te deixo

apenas você,

ingênua, pura, inconquistável,

lasciva, irresistível, insaciável,

e a ti me atiro,

minha perdição,

meu encontro pleno

do que escapamos em perfeição,

mas de repente

nos sentimos gente

e de vez nos perdemos

pela razão.

A POLÍTICA DA ESTUPIDEZ

https://www.google.com/search?biw=1366&bih=577&tbm=isch&sa=1&ei=H6RPXLDKH4bB5OUP8aWBkAI&q=nossa+estupidez+de+tudo&oq=nossa+estupidez+de+tudo&gs_l=img.3...64618.66029..67241...0.0..0.668.2834.2-3j1j1j2......1....1..gws-wiz-img.bxYOfIfD63c#imgrc=cPHGonosKYvk9M:

Você tem uma? Eu iria mais longe, quem não tem uma?! A estupidez não é privilégio ou prerrogativa de poucos, ela não é exclusiva de letrados ou iletrados, ela sabe se impor, atender e se moldar a todos os “egos”. Uma visão simplista, já aponta para os rastros que nada nem ninguém conseguiu apagar, ao longo dos tempos. Rastros esses que nos impede que escapemos pelas frinchas das exceções.

Eu uso meu melhor discurso e você colhe sua maior decepção, eu protejo meu patrimônio, meus herdeiros farão suas guerras na divisão, eu tenho meu “orgulho” e nada consigo com ele. O presente parece não dizer nada, muito menos o passado, e o futuro é uma bolha imaginária.

Parecemos protegidos por redomas espelhadas a nos alimentar de autoimagem, embevecidos contra a lucidez capaz de nos mostrar a real importância do outro. Não raro tornando esse outro em coisa em função de um sentimento e força irreconhecíveis. E nossos lapsos de lucidez nem sugerem possível necessidade de refletir sobre.

telepaticamente

https://www.google.com/search?biw=1366&bih=626&tbm=isch&sa=1&ei=DTI1XPeYHev45gL9i4LoBg&q=carinho+de+m%C3%A3os&oq=carinho+de+m%C3%A3os&gs_l=img.3..0j0i8i30.184004.186971..189246...0.0..0.468.4102.2-6j6j1......1....1..gws-wiz-img.......0i67j0i7i30j0i7i5i30j0i8i7i30.avuUJPH_aUw#imgrc=mP8AHm3bWvyuxM:

nossas mãos brincavam

uma brincadeira telepática,

e a minha se abria

suplicando um beijo

que pensadamente escapava

então se fechavam,

se acariciavam,

como um casal de pombos

e novamente

lá estava a minha

de braços abertos

digo, de dedos abertos,

espalmada,

implorando pra sua vida

o sufocamento

que a incita;

artimanha já não valia

e persistia minha mão

até que num entrelaçar de dedos

ela sentiu-me em êxtase

num abraço mágico

de mãos.