domingo, 30 de setembro de 2018

legado de poeta


https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=626&tbm=isch&sa=1&ei=UtqwW5CfEsHEwAS9-oiAAQ&q=tudo+e+nada&oq=tudo+e+nada&gs_l=img.3..0l2j0i5i30k1j0i8i30k1l3j0i24k1l4.25345.27142.0.28062.11.11.0.0.0.0.282.1318.0j7j1.8.0....0...1c.1.64.img..3.8.1316...35i39k1.0.0kAzO9f8bvs#imgrc=BSQalR325G3nKM:


eu nada te deixo,
senão os poemas que não escrevi,
as alegrias de quem escapei,
as dores que não senti;
os amores que pensei,
os aplausos das noites que dormi,
o sucesso dos sonhos
que não realizei,
os autógrafos em que me perdi,
as lágrimas que gozei;
o passado
com que gastarás teu futuro
e o futuro
para do presente libertar;
eu nada te deixo,
apenas de mim
o que pelo mundo dei.


terça-feira, 18 de setembro de 2018

A POLÍTICA DA RAIVA


https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=577&tbm=isch&sa=1&ei=Y9-wW43yLISvwgTwnrvYCQ&q=o+bicho+mais+raivoso&oq=o+bicho+mais+raivoso&gs_l=img.3...70863.75398.0.76033.20.16.0.4.4.0.169.1953.0j13.13.0....0...1c.1.64.img..3.14.1528...0j35i39k1j0i67k1.0.fjHJzgYlBnM#imgrc=S8Yb59verFMmrM:


A raiva é um sentimento que potencializa o perigo, inimiga da razão, ela cega quem não percebe sua ameaça e, não raro, "destrói" quem a cultiva.
Nos campos em que a regam, seja no pessoal, no político ou em qualquer outro, ela não apenas prejudica, permite a quem observa patrimônio de Fulano ou Sicrano, tirar vantagens de sua força.
A história tem mostrado que a raiva campeia no campo político, permitindo sequelas nos demais, como poderoso instrumento de vingança, cegando quem a alimenta, perseguindo quam a incita e "favorecendo" quem pousa de espectador pragmático.
A raiva transforma o raivoso em objeto de fácil manipulação, terreno árido, semente perdida no deserto, partido do mal. E as possibilidades da raiva ceder à reflexão são mínimas, especialmente, porque a raiva não convive com a razão.
Não alimentar sentimentos "negativos" é tão importante quanto proteger as pessoas muito suscetíveis contra expedientes que promovam tais circunstâncias. 


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A POLÍTICA DA DESCULPA


https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=577&tbm=isch&sa=1&ei=UtqwW5CfEsHEwAS9-oiAAQ&q=a+desculpa&oq=a+desculpa&gs_l=img.3..35i39k1j0l5j0i8i30k1l2j0i24k1l2.3152.6641.0.7838.21.16.0.0.0.0.322.2397.0j9j0j3.12.0....0...1c.1.64.img..9.12.2395...0i10i24k1.0.I6GG1I11gvc#imgrc=k_RGngZqpHh2eM:


A política da desculpa tem se mostrada poderosa e antiga, especialmente para nos "proteger" contra tudo que não queremos de verdade, mesmo que tentemos afirmar o contrário.
A desculpa é gratuita, mas suas consequências são devastadoras, mesmo assim, ainda a usamos como se não fôssemos capazes de compreender essa simples verdade.
Quando não queremos fazer algo, normalmente, encontramos uma desculpa que pareça defender nosso gesto, portanto, nos confortando, e assim agimos, mesmo conscientes de que isso não seja, a rigor, nossa vontade.
Não é fácil acreditar que haja uma só pessoa que nunca tenha usado desse expediente. E isso pode ser aplicado em inúmeras circunstâncias, de modo a nos desafiar e, não raro, ridicularizar.
A política tem se mostrado um campo bastante explorado pela desculpa, em função de inúmeros e variados aspectos, de lamentáveis a lastimáveis.