https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=638&tbm=isch&sa=1&q=massacre+do+carandiru&oq=massacre+do+cara&gs_l=psy-ab.3.0.0l4.2327.4885.0.7974.16.11.0.0.0.0.348.1688.2-3j3.6.0....0...1.1.64.psy-ab..10.6.1686...0i67k1.gMgp5JvUj3I#imgrc=GNqQP1pTCIDbNM:
A política da morte no Brasil se manifesta através de números de pessoas mortas cotidianamente, quer vítimas de incidentes, acidentes, crimes banais e/ou tragédias, todos à revelia do Estado. Tal afirmativa pode até parecer irresponsável, e certamente há quem afirme que sim, mas se formos para a história, muito provavelmente repensaremos. Atentar contra a vida no Brasil se tornou algo extremamente banal, naturalmente, devemos isso a uma construção edificada ao longo de nosso caminho à nacionalização, sem que nada viesse a frear nosso ímpeto “assassino”.
O direito à vida, no Brasil, não parece visto com
a importância que tem, e a prova disso está estampada em tudo: nos jornais, nas
ruas, nos hospitais, nas prisões... aonde quer que se vá, e não se pode dizer
que o Estado ignora esse estado de coisa. Nas ruas, a violência campeia
soberana, ali o Estado e o “fora da lei” digladiam-se em situação que, não
raro, confunde o cidadão sobre quem é quem. Nos hospitais, pode mudar o embate, mas o sistema sobrevive; nas prisões, dispensa-se comentário. O Estado ignora o que preconiza o
artigo 144 de sua carta maior, pelo que nos cobra sem perdão, e como cidadãos, deixamos
a desejar.
Considerando que a política da pena de morte
não passa de um instrumento de punição máxima do país que a institui, não se
pode negar, mesmo a contra gosto, que, na prática, ela não possa ser “instituída”
por alguém em um determinado ambiente de atuação política sobre sua dominação,
como é o caso do “crime organizado” no Brasil. Vez por outra, os telejornais
noticiam o fechamento de mercados, escolas e ruas em bairros de importantes
cidades brasileiras, isso é prova inequívoca da presença, não apenas do crime
organizado, mas de um poder paralelo nesses espaços, enquanto os cidadãos que
mantêm esses dois estados, também são vítimas dos mesmos.
A pena de morte é o pior retrato da barbárie, não importa se praticada por um país
ou por uma pessoa, mas se aquele não a pratica, ele não pode permiti-la em seu
território, sob pena de corresponsabilidade, o que, em vista do exposto acima,
parece aplicável ao Brasil. As autoridades brasileiras não convencem de sua
preocupação com a morte ou com a vida de seus governados, ao contrário, no
Brasil, a violência, estimulada por um emaranhado dos piores sentimentos, é
apenas o estado de espírito que anima o criminoso, para quem, morrer é um
detalhe.
https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=589&tbm=isch&sa=1&q=a+violencia+na+avenida+paulista&oq=a+violencia+na+avenida+paulista&gs_l=psy-ab.3...2663.4281.0.5567.11.9.0.0.0.0.563.1538.2-1j2j0j1.4.0....0...1.1.64.psy-ab..9.0.0.vWUnl_vPqQg#imgrc=Qo_tz56ExsL2BM:
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