terça-feira, 28 de novembro de 2017

o último dilúvio

https://www.google.com.br/search?q=o+%C3%BAltimo+dil%C3%BAvio&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwipn9zP7eHXAhVMOZAKHfmXB-gQ_AUICygC&biw=1366&bih=637#imgrc=U1gmSc1HsQQIUM:


essas águas
sangraram de nossas dores
e essas dores
calarão misericórdia,                                         
mas um punhal
afiado como língua
mouco se fará
ao gemido do irmão,
e numa escuridão particular,
ele dançará frenético
em seu palco
macabro e vazio,
e no silêncio
de uma plateia ausente,
ele sangrará
sua própria dor,
e ao eco d’um aplauso fúnebre
boiará sozinho
na gofada silenciosa de ninguém
em estranha multidão.


Um comentário:

  1. Todos buscamos uma vida leve em todos seus aspectos, ao menos é a leitura que fica ante nosso comportamento. No entanto, semeadura e colheita é um aspecto que não pode destoar, e na proporção que semearmos, naturalmente, colheremos, e nada me convence de que não seja assim.

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