sábado, 28 de maio de 2016

A ALIENAÇÃO DE CADA UM

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     A alienação tem níveis, e,  individual ou coletivamente, vamos nos encaixando naquele que nos cabe. Naturalmente que não admitimos ser alienados, mas se conseguirmos nos ver de fora, perceberemos o quanto nos identificamos com o perfil de quem escapou à verdadeira “neutralidade”. Os seguimentos alienantes são os mais diversos,  mas isso só acontece, porque as pessoas aceitam, sem maiores dificuldades, os dois papéis, ora de sujeito,  ora de objeto. A alienação é tão perversamente eficiente, que faz o indivíduo sentir-se “compensado” no processo, independente do papel assumido.
     As paixões, ou falta delas, conduzem ou abandonam as pessoas, respondendo pelo que elas são e pelo espaço que elas ocupam na sociedade. Não parece fácil imaginar alguém despido de sentimentos e/ou práticas alienantes, visto que, não é menos embaraçoso pensar alguém sem “preferências”,  sem “amores”, sem “desejos” etc.  Não falta quem defenda como importante que se cultive ideologias, posições políticas, crenças religiosas, convicções sobre isso e sobre aquilo. E, quase que naturalmente, vamos assumindo nossas posições na vida, tão “armados” com nossas “verdades” que, normalmente, não percebemos o quanto estamos sendo afastados, separados dos entes que nos são caros e amados.
     A alienação funciona de tal forma, que não parece descabido se imaginar uma imposição tão desumanamente hierarquizada que não sobra possibilidades para exceções. Tudo, ou quase tudo, parece obedecer a essa força impositora que a todos cerca e condena. Mesmo pessoas aplaudidas por sua generosidade não escapam ilesas à análise das que “pensam” diferente. Ela parece esconder-se, não em tudo ou qualquer canto,  mas no que nos alimenta, no convívio ou enfrentamento de nossos "problemas".
     As “diferenças” entre nós, em sua grande maioria, têm sido campo fértil, onde a prática da alienação não escolhe o lado para se manifestar nem tampouco o status quo de seus “instrumentos”. É comum se perceber figuras mais que pretensamente letradas e instruídas tão alienadas quanto alienantes, uma vez tão aferradas às suas convicções, que assusta. Ao observarmos a imprensa, especialmente, a massificadora, não raramente percebemos sua condução “profissional” numa direção mais que discutível. E aí cabe perguntar-se: quem, ou o que, motiva ou estimula o formador de opinião? Que força se impõe a ele sobre o outro, e por quais motivações?

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