sexta-feira, 8 de abril de 2016

O FEITIÇO E O FEITICEIRO

     
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     O Brasil parece viver em uma “bolha”, ante sua insistência em resvalar para algum pressuposto, o que infere a seriedade apontada por De Gaulle[1], pois não é razoável que o brasileiro seja tão, insistentemente, tratado como alguém incapaz de formar um juízo coerente de suas próprias realidades, contemporânea e histórica.
     É sabido que no bojo de um projeto de governo, coexistem todas as políticas necessárias ao desenvolvimento do “país” em questão, o que aponta para a afirmativa de que são muitas as políticas existentes e praticadas sob a égide do gestor público, ou seja, a econômica, a de educação, a ambiental, a de segurança etc. Entretanto, a política que pretendo questionar aqui é a da Segurança, e para começar, faço esta pergunta: você, brasileiro, se sente seguro em sua cidade?
     A resposta a essa pergunta deve ser pensada, não que a imaginemos difícil, pois cada um sabe de si, mas pelas razões que deve levar cada um à sua resposta, ao porquê de tal resposta ser esta e não aquela. Lembremos quando nos telejornais, às reportagens sobre violências praticadas em diversas localidades, seguem notas da Secretaria de Segurança Pública local afirmando que as rondas policiais ali são regulares. Com isso, já não parece demais aceitar que o Estado brasileiro jogou seu povo à própria sorte, ou melhor, à sanha dos “criminosos”.
     O que é isso? Pressupondo que os jornais estejam falando a verdade, as notas da Secretaria de Segurança Pública estariam condenadas a um único caminho, ao da confissão de sua incompetência, pois, havendo rondas regulares, não seria razoável se pressupor a prática constante da violência sem que esta fosse percebida e coibida pelas forças da segurança. Mas, já que o país vive pressupondo, vamos pressupor que a Secretaria de Segurança Pública esteja com a verdade, assim sendo, as reportagens dos telejornais estariam mentindo? Por quê
     Uma leitura, mesmo que superficial, da realidade que cerca o brasileiro, poderá apontar os quadros que mais preocupam a sociedade, e a grande preocupação pode até ser a violência em si, mas, suas causas são bem mais perversas. “Todo progresso” trará sua dose de crueldade, e a sociedade será mais, ou menos, sua vítima, conforme suas escolhas, progressistas, ou conservadoras.



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