Há
dentre nós, muita gente que se vangloria de ser esperta, de
não pegar fila, de não pegar engarrafamento, de não parar em sinal vermelho, de
não pagar impostos, de não se preocupar com o esperdício de água, de luz etc., ou
seja, é boa parte da população orgulhosa de fazer o mesmo, um pouco mais ou um pouco
menos, que, via de regra, condena em nossos políticos profissionais, mestres da
malandragem.
Significativa
parte de nós ainda é, e não é por falta de lições e exemplos, a escória, o
lixo, a desonestidade em metástase indiferente ao rastro fedorento e asqueroso que
deixamos por onde quer que pisemos, mesmo armados com ares de gente “importante”,
como se divinos fôssemos perante a quem nos parece pobre, humilde, simplório...
Essa
tal de esperteza já teria morrido de velha se não fôssemos o terreno fértil de
que ela precisa para se eternizar, e como pessoas espertas, fazer “melhor” e
mais rápido é nosso desafio, o preço será justificado pela alegria
compartilhada com nossos iguais.
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