quarta-feira, 18 de julho de 2018

o palco do ego


https://www.google.com/search?biw=1366&bih=635&tbm=isch&sa=1&ei=xchPW8LKOpDv5gKcoJT4Ag&q=um+oceano+vazio&oq=um+oceano+vazio&gs_l=img.3...24701.29892.0.31086.12.12.0.0.0.0.298.1833.2-8.8.0....0...1c.1.64.img..5.2.511...0j35i39k1j0i24k1j0i30k1.0.qkM9MOnxJj0#imgrc=O-SJ2yiO6Fhz6M:


eu não sou a mãe das mães,
não sou colo nem ombro
à espera incondicional
de eleitos prévios aleatoriamente;
não sou a misericórdia a serviço da humanidade,
eu não sou tudo ou nada disso,
eu sou a última lágrima a ser enxugada,
sou o último grito a ser ouvido,
o último olhar a ser entendido,
o último aceno da trágica separação
e o primeiro alvo ao seu despertar,
sou o último degrau para os caídos
e os últimos segundos das tragédias finais,
e de todos os depois,
sou os primeiros,
eu sou a última certeza:
salvação das dúvidas que restam,
eu sou a fatalidade
indispensável às descobertas salvacionistas
e jamais espontâneas,
eu sou o sorriso, vai-se desespero,
eu sou o último pecado que a todos condena,
eu sou a única certeza
que não falta a ninguém,
eu sou o nada de tudo,
estou por trás do espelho
que lhes reflete deus.




Nenhum comentário:

Postar um comentário