segunda-feira, 28 de maio de 2018

A POLÍTICA DO RATO


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O mercenário, quer capitalista ou rentista, ou simplesmente o vendeiro da esquina que não deixa escapar a menor chance de aumentar seu lucro, independente de quem seja explorado, não é tão diferente do rato que não quer saber de quem é, ou era, o "pão" que ele pode levar pra seu esgoto. O rato não está preocupado se outros ratos têm, ou não, o pão.
Nós, tantas vezes, piores que o rato, construímos nosso esgoto de mercado, apelidado, onde em campo aberto e acelerado, ninguém está proibido de jogar e ser jogado, com regras armadas, ditas livres, democratizadas, em sessões secretas, sentenciadas, pra você acreditar... O bicho homem, ao longo de sua história, não tem feito outro jogo pra sua glória que não esse, tentar "escravizar" seu semelhante pela satisfação de seu gozo extasiante...
O "verdadeiro trabalho" não parece atrair, igualmente, as pessoas, que até se matam, por seus resultados; mais uma semelhança com aquele que não quer saber quem fez o pão, muito menos, como funciona o processo que o leva até a mesa. A mente que alimenta esse universo de coisas contraria toda e qualquer lógica que prega e defende o trabalho como instrumento digno e capaz de transformar o mundo.
A vida parece o palco onde encenamos, incansavelmente, o teatro da vaidade, da usura, da dominação, da violência, da guerra e da morte, contra o simples direito a uma vida simples. E quando todos parecem disputar o pão, o esgoto já não pertence a todos.


NÃO SEJA UM RATO.

2 comentários:

  1. Não ser um Rato é muito mais que saber esconder o rabo, é não temer que o encontrem.

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  2. Engraçado é que a ganância do "rato" é tão grande que perde a consciência, esquecendo que existe sempre um gato de olho nele, e que em qualquer momento seu esgoto pode ser descoberto.

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