A
mentira, assim como a verdade, também está sujeita às interpretações, aos
caprichos do ego de quem está com a palavra. Considerando o conceito mais comum
da mentira, uma pergunta se impõe, a quem ela pode interessar? Esse recurso sempre
me pareceu expediente de certos jovens em certas situações etc., nunca de
pessoas que sempre pareceram acima do mortal comum. O que pode mover uma pessoa
a acreditar que o fruto da mentira mantê-la-á protegida em todas suas expectativas
fantasiosas e/ou raivosas, normalmente, sem demonstrar preocupação com o que, para
tantas outras pessoas, não restam dúvidas de que são o bem maior?
O
que é tão forte que mantém uma pessoa na oposição mais nociva a outra,
independente dos exemplos, dos fatos lhes furando os olhos, lhe forçando a
morder a língua, que forças são essas que levam pessoas aos extremos do amor e
da indiferença? E, o que é e por que opera como opera nas pessoas essa
disposição de destruir a outra conforme nossas ruas e nossas telas atualmente
exibem seus testemunhos sem nenhum pudor?
A
MENTIRA NÃO TEM DONO, MAS CONTADOR.