
https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=586&tbm=isch&sa=1&ei=GoxrW-iJIsanwASU-6FY&q=medo+de+ser+livre&oq=medo+de+ser+livre&gs_l=img.3..0i24k1.125676.129564.0.131114.17.16.0.1.1.0.275.2154.0j12j1.13.0....0...1c.1.64.img..3.14.2155...0j35i39k1j0i67k1j0i8i30k1.0.ufxb1tLF3TA#imgrc=AhKxlPbyGIpc_M:
João era
um verdadeiro sexagenário, pois fora contemplado pela respectiva Lei,
portanto, era um homem livre, e como tal, estava em condições
"privilegiadas" de contribuir com o sonho de liberdade de inúmeros
outros irmãos de raça e cor.
Outros
ex-escravos se reunião com frequência em prol das pessoas ainda escravizadas,
eles discutiam o futuro que esperava essas pessoas e o futuro que elas
esperavam. Dentre esses homens sofridos e marcados pela escravidão, estava
João, homem forte, trabalhador e "pacífico".
João era e estava livre, livre de pés e mãos, mas não tão livre para acreditar
nessa liberdade.
Aos
encontros com seus amigos, João estava sempre atrasado, aos projetos do futuro
sem escravidão, João receava; João já não parecia pacífico, censuravam-no como
um homem que não queria ser livre.
Àquele
encontro, João não compareceu... — Eu não pude, precisei terminar o trabaio do
Sinhô. O Sinhô mim pidiu, vocês sabe, o Sinhô é bom pra mim. — Ninguém
conseguia brigar com João, afinal, João era um homem bom, mesmo que não
soubesse ser livre.
"Sem luta, o trabalho ameaça à
liberdade".